29 de Novembro, 2012

II Congresso Universal de Poesia Hispanoamericana de Concepcion / Chile

Categorias: Oficina de trovas

August 3, 2012 – 7:47 pm

O “II Congreso Universal de Poesía Hispanoamericana de Concepcion”, no Chile foi um sucesso. Foi realizado entre os dias 13 a 18 de agosto deste ano, juntamente com os ” I Jogos Florais de Trovas da cidade de Concepcion” que, comparado a outros eventos já realizados internacionalmente, ficou muito a desejar. Mas compensou pelo congraçamento de trovadores hispanicos e brasileiros, que apresentaram-se às Mesas de Leitura com suas lindas trovas e poemas. Os poetas trovadores de língua hispânicas que ao invés de trovas preferiam apresentar apenas os poemas.

O “II Congresso Universal de Poesia Hispano-Americana” se sucedeu na “Universidad de Concepcion” e na “Universidad Católica de la Santísima Concepcion”, na cidade de Concepción (2ª maior cidade do Chile). Além da participação maciça de poetas Chilenos, chegaram delegações do México, da Colômbia, da Argentina, do Equador, da Venezuela e do Brasil, com 19 participantes brasileiros.

Do Estado de Santa Catarina pariciparam os trovadores Ari Santos de Campos, presidente da UBT de Itajaí; Maria Luiza Walendowski, presidente da UBT de Brusque; Glédis Tissot, vice presidente da UBT de Balneário Camboriú e Maria Teresinha de Souza, membro efetivo da UBT de Itajaí. No final do evento, durante o Jantar de Encerramento, houve lançamento de livros e, entre eles, a Antologia Poética do “II Congresso Universal de Poesia Hispanoamericana de Concepcion, Chile 2012″, com trabalhos poéticos da maioria dos participantes do Congresso.

Embora não esteja editado na Antologia, particularmente eu, em uma das Mesas de Leitura, apresentei um poema, de minha autoria, intitulado “Sozinho” que transcrevo a seguir.

Sozinho

Felicidade…, onde estás!
- É tudo que sempre quis.
Sou da paz, mas,
incapaz de ser feliz.

Tento voltar ao passado
para mudar o que fiz,
pois, neste mundo forjado,
não me refiz!

Rompem as trevas da noite;
- é noite de solidão.
Lanço minha alma ao açoite,
sem compaixão.

No meu passado enfadado,
peço a meu Deus encontrar
a minha diva ou pecado,
- o meu sonhar…

Pelas delongas colinas,
como de bronze é o luar,
vago por entre as ruínas,
sem te encontrar !…

Nesta jornada pregressa
vou perseguindo um clarão
que permanece; não cessa,
feito um vulcão.

Em labirintos perdidos,
sobre as lavas pelo chão,
ouço murmúrios, sofridos,
na solidão…

E, se encontrar a saída,
eu quero – de coração
me redimir, nesta vida,
por um perdão.

Mas, no final do caminho,
entre denso fogo eterno,
de repente estou sozinho
no meu inferno.

Ari Santos de Campos