26 de Julho, 2012
SER POETA
Categorias: Sonetos
Tingida de sonhos as noites me vêm com asas quimeras do meu querubim: em vôo, de repente, descubro no além os versos perdidos, num vago confim. Abraço esses traços e junto também os dogmas impostos às vidas e assim vou destro na fonte e me torno refém das bravas mazelas grudadas em mim. No horto sagrado, sem vidas, estão os versos trazidos, iguais a um buquê de flores morridas, ornando o jardim. E junto das folhas, aos ventos se vão comigo a magia dos sonhos porque eu sou um poeta das sombras ao fim.
Ari Santos de Campos